Um movimento silencioso no mercado aquícola global acaba de atingir um marco histórico em 2025: a China ultrapassou o Brasil e tornou-se a maior produtora mundial de tambaqui. O peixe, que é símbolo da fauna amazônica, foi transformado em uma commodity global pelo gigante asiático através de um planejamento industrial agressivo. Enquanto o Brasil concentra a maior parte da sua produção para o consumo interno e mantém o domínio das tecnologias de reprodução e melhoramento genético, a China focou na escala industrial, no processamento de valor agregado (como filés congelados) e na logística integrada para exportação.
A ascensão chinesa deve-se à alta adaptabilidade da espécie, que possui crescimento rápido e excelente conversão alimentar — fatores ideais para o sistema intensivo de cultivo daquele país. Especialistas apontam que, embora o Brasil continue sendo o berço científico e o principal detentor de bancos genéticos do tambaqui, o país perdeu a liderança em volume devido a gargalos estruturais e burocráticos que limitam a expansão em escala exportadora. Agora, o tambaqui amazônico circula pelo mundo como uma proteína aquática de protagonismo chinês, desafiando produtores brasileiros a repensarem suas estratégias de mercado internacional.
Veja artigo completo em













